Veja como a fidelidade e as recompensas fazem a diferença nas experiências de viagem

[00:09:30] Katherine Fan Sim, aconselho as pessoas a pensarem os programas de fidelidade, no geral, como os cartões de crédito ou as suas estratégias de finanças pessoais. Antes de pensar no que as outras pessoas estão fazendo, é importante compreender o seu próprio estilo de vida e a sua situação familiar. Por exemplo, uma pessoa solteira que mora em uma cidade grande não vai viajar da mesma forma que uma família jovem que mora nos subúrbios com os filhos. É provável que a família que tem filhos precise levar em conta os horários escolares, e que as crianças estejam naquela idade em que desejam ir ao Disney World mais do que tudo. Em situações assim, você deve priorizar o que mais incentiva e recompensa você pelas viagens anuais ao Disney World, enquanto uma pessoa solteira que viaja muito, tanto a lazer como a negócios, pode ter mais vantagens ao escolher uma companhia aérea ou rede de hotéis específica para fortalecer a fidelização e aproveitar os benefícios. Para essa família dos subúrbios que vai o Disney World, pode ser mais vantajoso um café da manhã grátis ao lado da piscina enquanto não estiverem no parque. De maneira parecida, essa viagem para o Disney World é muito mais cara do que a maioria das pessoas imagina. Daí a importância dos benefícios baseados em dinheiro. Se eu vou gastar US$ 5.000 de uma só vez nas férias de toda a família, é certo que vou adorar esse tipo de recompensa, porque eu sei que não vou viajar 10 ou 15 vezes como o viajante solteiro que mora na cidade. Mesmo assim, é provável que eu gaste a mesma quantia, ou talvez até mais, se considerarmos todos os aspectos da viagem. 

[00:11:13] Brandon Ehrhardt E acumular recompensas de um jeito inédito e para usos inéditos é um grande benefício para viajantes. Isso acontece com o programa One Key. Vai ser o primeiro programa de fidelidade da Vrbo. Viajantes vão poder juntar pontos para todas as estadias em aluguéis por temporada. Pela primeira vez na história, vai ser possível juntar pontos pela compra de uma estadia em um aluguel por temporada e trocar esses pontos por um voo, aluguel de carro ou até um hotel para a próxima viagem. Como isso vai afetar viajantes e o setor de aluguéis de curta duração como um todo? 

[00:11:46] Katherine Fan Pois é. Eu acho que é nesse ponto que o programa da Vrbo fica interessante. Não sei se você já conviveu com pessoas que sabem tudo de cartões de crédito. Eu escrevo bastante sobre cartões de crédito e os seus benefícios. É comum ver essas pessoas que sabem tudo de cartões de crédito pagarem a conta nos restaurantes e, depois, receberem as partes das outras pessoas. A vantagem de fazer isso é que quem usa o seu cartão para pagar a conta junta pontos pelo valor de toda a refeição. É dessa maneira que o programa de aluguel da Vrbo ajuda as pessoas que reservam uma casa de férias à beira de um lago, ou um condomínio lindo em Orlando, ao lado do Disney World. Por exemplo, se você for viajar com os avós e alguns primos. Se ninguém na família fizer questão de juntar pontos, você pode acumular todos os pontos de reservar um condomínio de US$ 4.000 para 4 diárias e, depois, receber o pagamento de cada pessoa do grupo. E você fica com todo esse crédito para usar na próxima viagem. 

[00:12:46] Brandon Ehrhardt Você entregou meu jogo. Bom, eu sei que muitos de nós neste podcast trabalham com viagens, e algo que sempre acontece nesse setor é que a nossa família fica achando que somos agentes de viagens. Não importa o seu departamento, pode ser marketing, finanças, tanto faz. Se você trabalha em uma empresa de viagens, você é um agente de viagens. Eu, como viajante, faço bem isso que você está dizendo. Então, quando vou viajar com a minha família, eu que costumo fazer a reserva. Ou, quando vou viajar com amigos, eu que fico responsável por buscar e reservar. Por isso eu fico com todos os pontos. Então, pensando no que você comentou, acho que é uma ótima oportunidade que gerentes de agências de viagens de pequeno ou médio porte, ou pessoas que gerenciam as viagens com parentes e amigos, têm de aproveitar o programa One Key, pois a sua moeda de recompensa pode ser usada em vários lugares diferentes. Agora que falamos de acumular pontos com o tempo, fiquei curioso. Qual é a sua estratégia para resgatar pontos? 

[00:13:41] Katherine Fan Minha estratégia pessoal, em quase todas as situações, é tentar conseguir juntar pontos o mais rápido possível. Depois, eu tento gastar o mínimo ou da maneira mais simples possível. Alguns hotéis, por exemplo, oferecem tarifas diferentes de acordo com o país. Mesmo que você vá para uma propriedade de luxo, se você for para um lugar como a Tailândia, onde o custo de vida é muito mais baixo, pode se hospedar no Ritz-Carlton ou em um hotel semelhante por uma quantidade de pontos considerada baixa, porque, mesmo sendo uma acomodação de alto nível, a diária é apenas US$ 400, diferente dos US$ 2.000 que pode custar em cidades como Nova York ou Mônaco. Então, eu procuro usar os meus pontos da mesma maneira. Tento gastar meus pontos em oportunidades que me ofereçam o melhor custo-benefício para a situação, seja em dinheiro ou em pontos. E também gosto de juntar pontos quando há incentivos especiais. Por exemplo, se houver um bônus de 20% para reservar durante um momento específico e viajar durante um certo período, eu vou aproveitar. Há algumas semanas, por exemplo, a Southwest estava oferecendo 40% de desconto em voos durante a promoção de aniversário. Aproveitei para reservar a maioria das viagens que planejei para o verão, o outono e o inverno, porque eu posso alterar e cancelar essas reservas, mas não iria conseguir essa tarifa reduzida se eu reservasse depois. Então, a flexibilidade é um fator muito importante para mim, e tento sempre conseguir o melhor custo-benefício nos dois sentidos. 

[00:15:08] Brandon Ehrhardt Ótima estratégia reservar todos os voos de uma só vez e aproveitar a promoção. Você tocou em um ponto interessante com relação aos programas baseados em pontos, porque observamos duas coisas no setor. A primeira é que os pontos têm data de validade. Se você não continuar juntando pontos em um programa, em geral, não vai poder continuar usando os que você tem ou eles perdem valor. E há uma segunda situação em que, muitas vezes, sobretudo no caso das companhias aéreas e dos hotéis, existem gráficos que limitam quantos pontos você pode resgatar, certo? Aí observamos que as companhias áreas começaram a oferecer oportunidades mais dinâmicas para usar os pontos. E vimos os hotéis também caminharem nessa direção. Mas, ao mesmo tempo, continua havendo uma desvalorização dos pontos. Vou dar um exemplo. Em uma grande companhia aérea dos Estados Unidos, antes você podia usar 60.000 pontos para reservar um bilhete somente ida na classe executiva. Agora, você precisa de 400.000 pontos, porque o valor mudou ou é dinâmico. Quais conselhos você daria para pessoas que querem maximizar os pontos e evitar essas situações de gastar logo antes do vencimento ou guardar e ver o valor diminuir pela metade? 

[00:16:24] Katherine Fan Acho que sei de qual companhia aérea você está falando, embora eu consiga pensar em, pelo menos, duas que costumam fazer isso. Acredito que, para muitas pessoas, esse é um fator muito importante. Podemos comparar os pontos com um lanche ou um doce: quando você ganha, não quer guardar para sempre. Mesmo que você mantenha os pontos, eles não vão ter o mesmo valor nem as mesmas características de antes. Como você sabe, o mesmo acontece com o dinheiro. Já faz alguns anos que estamos falando sobre inflação, e uma coisa que muita gente deve considerar é que, assim como esconder dinheiro debaixo do colchão, não é bom acumular recursos e nunca usar. Não importa se são pontos, algodão doce ou dinheiro, você precisa investir o que tem em algo que valha a pena. Sobre o que você disse, Brandon, é assim que a desvalorização funciona: quando as empresas se dão conta de que os custos aumentaram 20% e decidem repassar esses custos ao consumidor. Isso não acontece só com o pagamento de voos em dinheiro, mas também com o resgate de pontos. Um aspecto delicado, que afeta todo mundo, é que, diferente de um valor em dólar, quando você junta pontos, eles estão na moeda específica daquela empresa. Sobretudo durante a pandemia, os programas de fidelidade de muitas das principais companhias aéreas valiam mais do que as próprias empresas, o que inclui aviões avaliados em milhões de dólares. É uma loucura pensar no valor que um programa de fidelidade pode ter, mas é nesse ponto que viajantes menos frequentes podem sair perdendo. Você pode pensar que, como juntou 60.000 pontos no ano passado, isso é bastante e vai servir para reservar as férias da família. Mas a mesma vila que no ano passado valia 60.000 pontos agora vale 80.000. É preciso ter isso em mente e se antecipar, assim como eu fiz quando reservei aquele condomínio com antecedência para o próximo verão. Caso os planos mudem, você pode pagar uma taxa simbólica para cancelar. É muito provável que você nem precise pagar uma taxa de cancelamento. Por isso, planejar com antecedência é fundamental. Com relação às companhias aéreas, muitas pessoas que reservam viagens com pontos fazem isso assim que os calendários são divulgados, ou seja, até 330 dias de antecedência, ou reservam em cima da hora. Se você é o tipo de pessoa que não gosta de improviso, é melhor reservar a viagem com pontos com antecedência, planejar com base nisso, encontrar as datas que tenham as melhores ofertas e adaptar todo o resto. 

[00:18:53] Brandon Ehrhardt Adorei. Vou acrescentar uma dica. O outro lado da moeda. Trabalhei na gestão de receitas de uma companhia aérea e concordo 100% com o que você disse. Tem gente que reserva uma viagem para o Havaí com o máximo de antecedência e espera economizar bastante com isso. Também notei que, 1 ou 2 dias antes da partida, se você tem uma agenda flexível, pode encontrar ofertas incríveis, ainda mais na classe executiva de voos internacionais, quando esses assentos vão ficar vazios e as pessoas querem usar os seus pontos. Então é mais uma oportunidade. 

[00:19:21] Katherine Fan Ótima observação. E eu diria para todas as pessoas guardarem alguns pontos para emergências também. Vou contar uma história emocionante, referente ao que você comentou. A primeira grande perda que o meu pai enfrentou foi quando a minha avó faleceu aos 98 anos. Eu estava com um pouco de tempo livre, porque foi um pouco antes do feriado de Ação de Graças. Os voos somente ida para Taiwan estavam na faixa dos US$ 3.000. Foi uma das primeiras vezes que resgatei pontos. Eu não tinha uma grande quantidade, mas consegui encontrar um voo somente ida para Taiwan 36 horas depois que a notícia chegou. Eu nunca tinha feito nada parecido. Peguei o voo e fiz essa surpresa para o meu pai, algo que eu também nunca tinha feito. Nunca vou esquecer de como ele ficou emocionado, chegou a chorar ao me ver. Esse é o poder que os pontos podem dar a você. Porque, se eu tivesse que tirar US$ 3.000 da poupança naquela época, isso acabaria com as minhas economias daquele ano. Mas, como tive a sorte de descobrir por outras pessoas a flexibilidade que esses pontos proporcionam, vi o que dá para fazer quando você guarda uns pontos extras. É divertido passar as férias com amigos ou parentes, mas, acima de tudo, é muito significativo poder visitar alguém que você ama de surpresa e com tão pouca antecedência sem comprometer a sua situação financeira. 

[00:20:46] Brandon Ehrhardt É emocionante, né? Seja uma viagem comprada ou resgatada com pontos, as conexões feitas e as emoções sentidas quando viajamos são muito fortes. Que história emocionante que a Katherine contou. Fiquei feliz em ouvir. Ela é sem dúvida especialista no assunto, e acho que tenho muito a aprender com a experiência dela, tanto como viajante quando como profissional. Antes de passarmos para a próxima parte da entrevista, vou fazer um resumo do One Key, conforme prometido. Todos os detalhes já estão disponíveis em nosso site, e também vamos deixar o link na descrição do programa. Mas, para vocês terem uma ideia, vou citar alguns fatores que se destacam, na minha opinião. Para nós, era importante ter um programa flexível e fácil de usar. Isso permite que viajantes entendam melhor a moeda de recompensa dos créditos OneKeyCash, sem precisar se preocupar com o cálculo do valor dos pontos em dinheiro. Com essa moeda de recompensa, que chamamos de créditos OneKeyCash, ficou mais fácil para associados entenderem o valor das recompensas e usarem esses créditos OneKeyCash logo após a conclusão da viagem. Como esse programa abrange a nossa família de marcas, Expedia, Hoteis.com e Vrbo, ele tem mais visibilidade para associados que já são clientes fiéis. Assim, conseguimos atrair mais viajantes que gastam mais e reservam com mais frequência. Mas como sabemos isso sobre os nossos associados? Bem, temos dados que comprovam. Esses associados planejam viajar muito mais nos próximos anos do que não associados. Vou explicar. De acordo com uma pesquisa que fizemos com consumidores no início do ano, 95% dos associados planejam fazer uma viagem de lazer nos próximos 12 meses, em comparação com 67% dos não associados. Se você já é um parceiro nosso e usa ofertas para atrair associados dos nossos programas de recompensas, como ofertas somente para associados ou para hóspedes VIP Access, elas serão transferidas de maneira automática para o One Key e os associados desse programa. Você não precisa fazer nada. Se você não é um parceiro nosso, é hora de começar a aproveitar esses programas. O One Key já está disponível nos Estados Unidos e vai ser lançado em outros mercados a partir de 2024. Nossos programas de recompensas de viagem atuais vão continuar em vigor nos mercados em que o One Key ainda não tiver sido lançado. Para mais informações sobre o One Key, acesse www.expedia.com/Onekey. Como falei, o link está na descrição do programa. É só clicar. Bom, agora vamos voltar à conversa com a Katherine e ouvir a sua opinião sobre os itens que compõem um bom programa de fidelidade. Os pontos são um aspecto dos programas de fidelidade. Descontos, benefícios como upgrades e café da manhã grátis. Tudo isso é muito popular entre viajantes. Como você acha que deve ser um bom programa de fidelidade? Quais devem ser os componentes? 

[00:23:24] Katherine Fan Acho que um bom programa de fidelidade faz com que todas as pessoas se sintam contempladas e acho justo recompensar clientes mais frequentes ou que gastam mais de modo proporcional ao seu nível de fidelidade. Porque é como você disse: há muitas opções hoje em dia. Por que uma pessoa deveria participar de uma empresa ou um programa específico? A conveniência é um fator muito importante. Um bom programa de recompensas explica de maneira clara e simples o que você ganha, como ganha e no que pode usar essas recompensas. E deixa uma margem para a gentileza e a compreensão, ainda mais com tudo que vem acontecendo no setor de viagens. Deixa uma margem para a gentileza e a compreensão, ainda mais com tudo que vem acontecendo no setor de viagens. Há atrasos nos voos e coisas do tipo. Então acho que os programas oferecem um bom suporte, e esse aspecto mais humano é o que se destaca nesses momentos. Se as pessoas se sentem incentivadas a usar as recompensas recebidas, é muito mais provável que mantenham a fidelidade. 

[00:24:37] Brandon Ehrhardt É, eu concordo. Lembro da primeira vez em que criei uma conta de fidelidade, era direto com uma companhia aérea. Ali por 2009, e eram programas de companhias aéreas que nem existem mais, como a Northwest. Eu me inscrevi e achei que estava arrasando. Até que me dei conta de que não estava ganhando nada. Uma coisa que acho muito legal no que fizemos, sobretudo com o programa One Key, é que, assim que você se inscreve, já ganha um benefício, que são os preços para associados, né? Você começa com 10% de desconto e, à medida que vai gastando mais na Expedia e reservando mais com a Expedia, você ganha até 20% de desconto em hotéis selecionados. Isso é maravilhoso. Você acha que é uma tendência nos serviços de viagem? Acha que vai haver cada vez mais descontos, ou que as altas tarifas do último 1 ano e meio ou 2 anos fizeram esses fornecedores achar que devem cobrar mais e se limitar a oferecer pontos? 

[00:25:33] Katherine Fan Acho que essa é uma questão importante. Alguns meses atrás, todo mundo estava apavorado com o preço dos ovos, mas, da última vez que fui ao mercado, o preço já tinha voltado ao normal. Eu diria que é uma flutuação, especialmente no setor de turismo. Muitas empresas ainda estão tentando se recuperar da pandemia. E, como consumidores, sei que não cabe a nós socorrer essas empresas. Mas também acho que, à medida que voltarmos a circular e retomarmos as rotinas que nos deixam felizes e realizados, vamos notar uma flexibilidade bem maior por parte dos fornecedores de serviços. Acho que vamos ver cada vez mais empresas dispostas a oferecer quartos com desconto ou assentos por um preço mais baixo para garantir a eficiência. Por exemplo, durante os voos, cada avião emite uma determinada pegada de carbono. Uma forma de minimizar essa emissão é encher os voos. Sei que todo mundo gosta de viajar ao lado de assentos vazios, mas, na verdade, estamos ajudando a salvar o meio ambiente quando conseguimos vender voos de maneira eficiente, usando menos aviões. O mesmo vale para os hotéis. Os custos operacionais já estão presentes, e a equipe de limpeza vai do mesmo jeito, então quanto mais quartos forem ocupados, melhor. Para fazer isso de um jeito que beneficie consumidores, as empresas devem garantir que, mesmo quando estiverem operando com capacidade máxima, vão continuar oferecendo uma ótima experiência. Eu não ligo se o hotel está cheio, desde que eu não precise esperar 5 minutos pelo elevador nem escutar a pessoa ao lado roncar a noite toda ou durante o voo. Acho que você vai concordar comigo que viajantes que têm flexibilidade são os que conseguem as melhores ofertas. Isso ainda acontece na maioria das vezes. Os voos durante a semana são os melhores. Algo que observei na semana passada é que algumas famílias estão apostando na criatividade na hora de se encontrar. Podem se encontrar na semana seguinte ao Ano Novo, para garantir as melhores ofertas. Como o período de festas já vai ter passado, essas pessoas não vão estar tão estressadas e vão conseguir curtir a companhia umas das outras. E para quem busca descontos, é nessa época que o preço de tudo costuma baixar. 

[00:27:44] Brandon Ehrhardt É verdade. Uma coisa que ficou muito clara para mim nos últimos 2 anos é que viajantes estão ficando muito entendidos no assunto, né? Leem artigos como os que você escreve, vão atrás dos próprios, digamos, truques para viajar. Quais tendências você tem reparado nos viajantes e como acha que o comportamento dessas pessoas vai mudar com o tempo para aproveitar ao máximo as recompensas dos programas de fidelidade? 

[00:28:03] Katherine Fan Acho que, mais do que nunca, viajantes comuns estão entendendo que existe um mundo de truques na hora de viajar. Então, tem milhares de pessoas tentando descobrir esses truques e entender um pouco mais como o setor funciona, e acho que todo mundo sai ganhando com isso. Espero que isso traga mais oportunidades para todos nós. Acho que o jeito de aproveitar ao máximo tudo isso é estudar muito bem um ou dois programas, em vez de tentar analisar tudo de uma vez. É como tudo na vida, certo? Se você puder pegar uma coisa para estudar muito bem, isso vai ajudar você a entender outras coisas. Acho que os programas de fidelidade mais eficazes, ou melhores programas de fidelidade, são os que você usa, como o que você disse sobre a Northwest. Eu também tinha uma conta lá. Não faço ideia de quantos pontos acumulei. Acho que eu nem sabia. Como você disse. Devem ter sumido antes de a companhia ser comprada. Então, qualquer programa que você usar de modo consistente vai ter uma vantagem. A namorada de um dos meus irmãos foi inscrita pelos pais em um programa de fidelidade assim que ela nasceu. E ela viajou quase a vida inteira com a mesma companhia aérea. Ela deve ter ido e voltado de Taiwan para os EUA tantas vezes quanto eu. Então, ela tem muito mais milhas vinculadas ao nome dela e é bem provável que esteja muito mais perto do 1 milhão de milhas do que eu. Como eu já disse, mantendo a consistência, você colhe os frutos. Mesmo quando a Northwest foi comprada, se você tinha um status ou um nível de fidelidade no programa deles, ele foi transferido para a Delta. Então, serviu de alguma coisa. Monitorar o seu saldo e saber quando os pontos vão expirar ou quando podem ser usados já pode ajudar muito em uma situação difícil. 

[00:29:52] Brandon Ehrhardt Sim, e eu acho que a flexibilidade, só para reforçar o que você disse, é fundamental. Falando por mim, não quero ficar monitorando 50 programas de fidelidade diferentes e os novos pontos valiosos que eu tenho em cada um deles, porque não vou conseguir fazer nada com eles. Então, com relação ao que você estava dizendo sobre estudar bem um ou dois programas, para mim, isso significa que, sempre que eu gastar dinheiro e viajar, eu posso reinvestir esse valor. Mas quem faz isso quer essa flexibilidade e uma utilidade real para os pontos que juntou ou o dinheiro que acumulou. Eu acho que no futuro vai haver cada vez menos truques para viajar. Tem cada vez menos subterfúgios para explorar, né? Hoje, falando de truques de viagem e de reservar, por exemplo, um bilhete de cidade oculta, a sua conta do programa de fidelidade pode ser fechada por conta disso. Eu acho que os riscos de tentar enganar esses programas são muito grandes se você considerar as vantagens de usar o seu conhecimento de maneira inteligente para respeitar as regras de um programa que se adapte melhor às suas necessidades, seja no setor de viagens ou não. É a flexibilidade e a possibilidade de receber descontos e viver novas experiências usando a fidelidade. No futuro, é isso que vai fazer a diferença, sobretudo as experiências. Já imaginou conseguir um lugar na primeira fila para assistir às finais da NBA ou encontrar um jogador do Liverpool por ser associado do programa One Key? Essas também são maneiras de aproveitar as vantagens do programa, não só a viagem em si. 

[00:31:21] Katherine Fan Concordo. E vou falar mais uma vez do meu programa favorito, o da Hoteis.com. Um dos motivos pelos quais tenho sido tão fiel à marca é porque tive a chance de visitar lugares insanos no mundo, ainda mais nos últimos 5 ou 6 anos. E, muitas vezes, eu trabalhei para empresas onde um motivo para se gabar era conseguir status de nível mais alto em um hotel ou companhia aérea. Somos nerds e estranhos. No meu caso, sempre foi pelo programa da Hoteis.com, porque ele facilita a minha vida e me permite ir a qualquer lugar do mundo. Não preciso me preocupar se a Marriott, a IHG ou a Hilton tem hotéis no lugar, e muitas vezes elas não têm. Falo por experiência própria. Mas, sobretudo para mim, quando viajo para um lugar pouco conhecido, quero ver como moradores da região vivem e ajudar os negócios locais. Não quero ficar só no bairro mais comercial do centro nem nada assim, onde eu sei que vou ter pouco contato com moradores locais. Isso é o que me atrai nesses programas mais flexíveis, que não se concentram na marca em si, mas em simplificar as experiências de viajantes. Pode ser muito frustrante viajar com grandes empresas que fazem isso e comprometem a experiência. Mas, por outro lado, acho que o mundo está cada vez mais voltado aos consumidores, porque, se uma quantidade suficiente de pessoas se revoltar ou pressionar para que as coisas tomem um determinado rumo, as empresas acabam cedendo. Um ótimo exemplo disso é que muitas companhias aéreas dos EUA acabaram com as taxas de alteração. Tivemos que lidar com isso durante anos, desde que começou uma espécie de corrida para complicar cada vez mais as coisas e deixar tudo mais caro. Mas, durante a pandemia, elas perceberam que ainda precisavam alterar os voos com muita frequência, seja devido ao clima ou a outros fatores internos, e que eliminar essa taxa seria considerado positivo para os consumidores, mas tenho certeza de que facilitou a vida delas também. Mesmo que não fosse tanto dinheiro, não era justo lucrar com a situação. Então, eu acho que, quanto mais exigirmos os nossos direitos, aproveitarmos as oportunidades que surgirem e vivermos a nossa vida da melhor maneira, mas com mais informações, mais vamos ter o poder de influenciar, em conjunto, a evolução do setor de viagens. 

[00:33:32] Brandon Ehrhardt Muito interessante. Vamos terminar com algumas curiosidades. Você tem sido uma ótima convidada. Primeiro, quais os seus programas de fidelidade favoritos fora do setor de turismo? 

[00:33:42] Katherine Fan Ah, meus programas de fidelidade favoritos. Na verdade, eu queria dizer Hoteis.com de novo, mas acho o da Starbucks fascinante. Você já deve ter lido alguma notícia recente dizendo que a Starbucks é um dos melhores bancos do mundo, e eu acho isso incrível. 

[00:33:56] Brandon Ehrhardt Eu usava muito o programa de recompensas da Starbucks, mas sinto que ele se desvalorizou de uma maneira absurda. No passado, durante a COVID-19, por exemplo, você comprava 3 Americanos e recebia 150 pontos, ou seja, comprava 3 e ganhava 1. Agora, você precisa ir ao Starbucks 7 dias seguidos para receber 20 pontos, que equivale a uma pequena fração de uma bebida. Eu me perguntava, como assim?

[00:34:16] Katherine Fan Você ganha meia porção de creme em cima da bebida. 

[00:34:20] Brandon Ehrhardt Exato. Talvez eles tenham percebido que eu vou continuar sendo um cliente fiel de qualquer jeito. Acharam que não valia gastar comigo, já que vou voltar lá de qualquer jeito.

[00:34:26] Katherine Fan Acho que estão enrolando você, Brandon. 

[00:34:29] Brandon Ehrhardt Sim, é isso mesmo. Não é justo. Qual a coisa mais absurda que você já fez por causa de um programa de fidelidade de viagem?

[00:34:36] Katherine Fan Bom, como falei, eu trabalho em um setor muito estranho. Então, para nós, isso não é absurdo. Pegar voos com a finalidade de manter o status mais alto da companhia aérea. Um dos piores, que meus pais odiavam quando eu fazia, era pegar vários voos para manter o status mais alto da Southwest. Eu reservava os voos mais baratos que encontrava e fazia um trajeto gigante pelos Estados Unidos. Dormia no aeroporto de Los Angeles ou St. Louis, coisas assim. Nunca saía do aeroporto. Mas juntei um monte de pontos e mantive o meu status para o ano seguinte gastando cerca de US$ 300 no total. Da última vez que fiz isso, eu era freelancer e até escrevi um artigo sobre o assunto. Então essa despesa acabou sendo compensada pelo trabalho. Isso é bem absurdo, eu acho. 

[00:35:21] Brandon Ehrhardt Muito obrigado pela sua participação. Tem algum assunto do qual não falamos aqui e você gostaria de falar? 

[00:35:25] Katherine Fan Vou contar algo aleatório. O último lugar incrível que eu visitei foi a Antártica. Foi maravilhoso. Todo mundo deveria ir para lá. Mas em grupos não muito grandes. E lembrem-se de deixar tudo limpo. É incrível, impressionante. É coisa de outro mundo. 

[00:35:39] Brandon Ehrhardt Muito bem. Vou fazer mais uma pergunta, então. Qual viagem você ainda não fez, mas gostaria muito de fazer e vai usar os seus créditos OneKeyCash para reservar no futuro? 

[00:35:50] Katherine Fan Ah, minha nossa. Quando for possível viajar para a lua, conte comigo. 

[00:35:53] Brandon Ehrhardt Comigo também. Vamos ver o que dá para fazer e trabalhar nisso. Ótimo. Muito obrigado pela sua participação. Adorei a nossa conversa. Vamos manter o contato.

[00:36:01] Katherine Fan Obrigada, Brandon. Adorei falar com vocês também. Tchau! 

[00:36:06] Brandon Ehrhardt Obrigado por continuar com a gente nesta temporada. Foi muito legal trazer meus colegas aqui como apresentadores convidados e receber convidados tão inteligentes, de diferentes partes do mundo. A próxima temporada estreia em algumas semanas, então se inscreva para receber notificações quando os episódios forem lançados. Enquanto isso, envie a sua opinião sobre esta temporada para o e-mail PoweringTravel@ExpediaGroup.com. PoweringTravel, tudo junto, no Expediagroup.com. E, se você tiver um tempinho, avalie o programa e deixe um comentário. Isso ajuda as pessoas a encontrar o podcast. Muito obrigado pela atenção. A gente se vê na próxima temporada. Este é o Powering Travel, o podcast do Expedia Group.